quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A vida das pessoas portadoras de necessidades especiais.

O desencanto pela vida dessas pessoas parece que caiu como neve no inverno americano e por outro lado o verão brasileiro. Conheço inúmeras pessoas que sofreram acidentes, e estão lutando pela chama da esperança da vida. Segundo elas a esperança consiste em que a ciência possa produzir uma mágica para restituir o que foi perdido, pois talvez essa seja o grande trunfo que as mantém esperançosas.
Por outro lado vejo adolescentes, jovens, adultos e mais velhos, que por causa de um acidente se entregam ao destino de não lutar na verdade, a sorte delas fica lacrada e sem jeito nenhum de restabelecer o ponto da auto-estima, permanecem inerte em cama, cadeira de rodas, vivendo de migalhas, achando que o mundo já perdeu as cores.
Para algumas dessas pessoas o fato de estarem deficientes nada, mais é do que um processo de purificação do espírito, pois em vidas passadas elas foram maldosas e estão pagando pelo que fizeram. Elas acham que Deus é um ser castigador, e que nada, mais justo de pagar pelos pecados cometidos. Elas se esquecem que não estão pagando sozinhas, tem sempre alguém da família padecendo e muito com essa situação.
Ora se a salvação e a maldição são individuais porque têm parentes sofrendo juntos? Creio num Deus justo que não castiga ninguém, e o fato de estarmos deficientes não tem nada de castigo. É muito fácil atribuir a alguém a culpa de não tomar vacinas, ser negligente no trânsito, imprudente, sim todo fato negativo tem que ser repassado a alguém, e Deus é esse alguém, mas se esquecem que se estão dependendo de outra pessoa é pelo fato delas mesmas terem suas parcelas de culpa.
Culpar o abstrato é fácil quero ver é atribuir culpa ao concreto! Enquanto estiver pessoas deficientes se sentindo coitadinhas e a sociedade passando a mão na cabeça essas pessoas nunca crescem, sempre serão um peso morto na sociedade.
Outro fato negativo que vejo são essas malditas cotas, para deficientes e afro-descendentes, uma prova eloqüente de que somos incompetentes intelectualmente, tudo que for conseguido por força de lei, acho negativo, na verdade, a sociedade deve conviver pacificamente com todos. As minorias no Brasil, ainda são tratadas como os silvícolas.
São muitas doações, proteções descabidas, fato que muitas vezes nos tornas seres repugnantes e indesejáveis numa sociedade capitalista, onde o ter é que tem valor e o ser fica relegado a segundo plano. Outro fato lamentável são os planos de saúde. Por sermos deficientes pagamos por um preço maior do que ás pessoas consideradas normais, e os nobres políticos não estão nem aí, se pagamos mais caro para viver deveríamos ter maior qualidade de vida, todas as cidades deveriam ser projetadas para todos e não ficar na dependência de construções de acessos como: rampas, elevadores.
É por falta de acessibilidades que muitas pessoas se dão por vencidas, pois o meio que deveria estar preparado para todos carece de adaptações e isso muitas vezes demora muito. Uma sociedade justa é aquela de todos possam viver bem, um mundo justo é sem cotas e sim, igualdade de condições de trabalho, saúde, educação, transportes digno, laser. Enfim não sermos tratados como ponto de referência.

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