quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

AMPUTAÇÃO, NOVA FASE DA VIDA.

A amputação é definida como a remoção de um ou mais membros, ou parte deles, sendo causada por diferentes fatores.

Além dos benefícios ao organismo, a prática de atividade física apresenta um importante papel na reabilitação de deficientes físicos, em muitos casos a pessoa acidentada, prefere ficar com o membro inferior atrofiado ao invés de fazer amputação.

Esse fato pode restringir a pessoa de praticar atividades desportivas e também a vida saudável, portanto, em certos casos a amputação é indicada, conheço muitos casos que a pessoa quase perdeu a vida em função da espera para ver se o organismo reagisse ao tratamento.

E por fim, a única maneira de salvar a vida foi realmente fazer a amputação. É claro que conviver sem um pedaço do corpo causa muitos problemas psicológicos, auto-aceitação é a palavra chave, pois a pessoa passa a ter a necessidade de uma nova fase na vida, pois o membro amputado sempre vai fazer parte do cérebro, fisicamente esta sem, mas o cérebro ainda registra aquela parte do corpo.

Os amputados sentem dores fantasma é a tentativa de reintegração corporal coceiras na sola do pé, câimbra, o pé fica gelado, os calos doem, enfim a parte amputada permanece na mente da pessoa. Não é comum tratamento psicológico para os amputados aceitarem nova fase da vida na verdade, os amputados precisam de um tratamento muito diferenciado dos demais deficientes.

A começar dentro da própria família, existe uma rejeição muito grande por parte daquelas pessoas mais próximas, os amigos se afastam a pessoa amputada, perde parte do laser que antes tinha. A vida realmente muda da água para o vinho. Não é fácil adaptação tudo muda. A mudança faz parte da vida, mas precisaria ser preparada e não subitamente assim.

A preparação da pessoa precisa ser feita por uma equipe de psicólogos altamente preparados, pois antes do procedimento cirúrgico. Preparar a pessoa é antes de tudo cuidar do fator psicológico, pois o futuro amputado terá a vida inteira de conviver assim, sem parte de um membro.

Já assisti muitos casos em que o paciente tinha a necessidade de amputação da perna esquerda e o médico fez da direita, esses erros demonstram claramente o despreparo de muitos médicos e equipes dentro de centros cirúrgicos. Não são só acidentes automobilísticos que causam amputações, doenças como: diabete a campeã com 70% dos casos, já trombose com menor incidência. Muitas amputações poderiam ser evitadas se fosse diagnosticado há tempo.

A vida das pessoas portadoras de necessidades especiais.

O desencanto pela vida dessas pessoas parece que caiu como neve no inverno americano e por outro lado o verão brasileiro. Conheço inúmeras pessoas que sofreram acidentes, e estão lutando pela chama da esperança da vida. Segundo elas a esperança consiste em que a ciência possa produzir uma mágica para restituir o que foi perdido, pois talvez essa seja o grande trunfo que as mantém esperançosas.
Por outro lado vejo adolescentes, jovens, adultos e mais velhos, que por causa de um acidente se entregam ao destino de não lutar na verdade, a sorte delas fica lacrada e sem jeito nenhum de restabelecer o ponto da auto-estima, permanecem inerte em cama, cadeira de rodas, vivendo de migalhas, achando que o mundo já perdeu as cores.
Para algumas dessas pessoas o fato de estarem deficientes nada, mais é do que um processo de purificação do espírito, pois em vidas passadas elas foram maldosas e estão pagando pelo que fizeram. Elas acham que Deus é um ser castigador, e que nada, mais justo de pagar pelos pecados cometidos. Elas se esquecem que não estão pagando sozinhas, tem sempre alguém da família padecendo e muito com essa situação.
Ora se a salvação e a maldição são individuais porque têm parentes sofrendo juntos? Creio num Deus justo que não castiga ninguém, e o fato de estarmos deficientes não tem nada de castigo. É muito fácil atribuir a alguém a culpa de não tomar vacinas, ser negligente no trânsito, imprudente, sim todo fato negativo tem que ser repassado a alguém, e Deus é esse alguém, mas se esquecem que se estão dependendo de outra pessoa é pelo fato delas mesmas terem suas parcelas de culpa.
Culpar o abstrato é fácil quero ver é atribuir culpa ao concreto! Enquanto estiver pessoas deficientes se sentindo coitadinhas e a sociedade passando a mão na cabeça essas pessoas nunca crescem, sempre serão um peso morto na sociedade.
Outro fato negativo que vejo são essas malditas cotas, para deficientes e afro-descendentes, uma prova eloqüente de que somos incompetentes intelectualmente, tudo que for conseguido por força de lei, acho negativo, na verdade, a sociedade deve conviver pacificamente com todos. As minorias no Brasil, ainda são tratadas como os silvícolas.
São muitas doações, proteções descabidas, fato que muitas vezes nos tornas seres repugnantes e indesejáveis numa sociedade capitalista, onde o ter é que tem valor e o ser fica relegado a segundo plano. Outro fato lamentável são os planos de saúde. Por sermos deficientes pagamos por um preço maior do que ás pessoas consideradas normais, e os nobres políticos não estão nem aí, se pagamos mais caro para viver deveríamos ter maior qualidade de vida, todas as cidades deveriam ser projetadas para todos e não ficar na dependência de construções de acessos como: rampas, elevadores.
É por falta de acessibilidades que muitas pessoas se dão por vencidas, pois o meio que deveria estar preparado para todos carece de adaptações e isso muitas vezes demora muito. Uma sociedade justa é aquela de todos possam viver bem, um mundo justo é sem cotas e sim, igualdade de condições de trabalho, saúde, educação, transportes digno, laser. Enfim não sermos tratados como ponto de referência.